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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

CDL homenageia artesanato cearense no Natal de Luz 2013

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL) lançou a programação oficial da 17ª edição do Ceará Natal de Luz. Este ano, o artesanato será homenageado, com a participação de 200 artesãos, entre eles, costureiras, artistas plásticos e rendeiras que também participarão da festa divulgando seus trabalhos na feira de artesanato e utilizando renda na decoração natalina.As arvores de Natal são inspiradas na Catedral de Brasília, obra de Oscar Niemayer.


A abertura oficial do Ceará Natal de Luz 2013 será no dia 29 de novembro, às 17 horas, na Praça do Ferreira. Haverá concerto da Camerata da Unifor, missa e a chegada do Papai Noel, além da apresentação de Waldonys, Adelson Viana, Chico Pessoa e Elba Ramalho, em homenagem a Dominguinhos.

O evento promove, também, apresentações de bandas, corais e orquestras, de terça a domingo, no Parque da liberdade (Parque das crianças), mas continua com a típica apresentação do Coral Luz das crianças na Praça do ferreira, que contará com 200 crianças, coordenadas pelo Maestro Poty e pela Maestrina Socorro Raulino. Eles se apresentarão nas janelas do Hotel Excelsior, todos os dias, às 18 horas.

A novidade desse ano também será os desfiles natalinos, que ocorrerão de quinta a domingo na Praça do Ferreira. Esse desfile conta com a participação de 100 integrantes, entre eles, atores, bailarinos, acrobatas e crianças encantando o público com os símbolos da maior festa cristã.


Foto retirada da internet (Natalia Santos)


Natalia Santos (7° Semestre de Jornalismo)

Manuel Neto, um pintor autodidata


                                                         Manuel Neto (Foto de Natalia Santos)

Manoel Alves Neto nasceu em Fortaleza no ano de 1963. É desenhista, pintor, iniciou seu trabalho com a arte, ilustrando revistas em quadrinhos, e fez sua primeira exposição como profissional em Curitiba. A partir daí, vem realizando diversas mostras importantes em feiras, hotéis, museus e galerias.


O mais recente trabalho do artista é a ilustração do livro “Um museu encantado” de Conci Bezerra, que conta a história de crianças de descobrem vários leques de descobertas para a leitura, mesmo na era da multimídia. Manoel considera a obra bastante meiga e extremamente inteligente, pois foca na infância, criatividade e fantasias, destaca a importância da família e da escola na formação do individuo. Ele acredita que tudo isso desperta as crianças para o respeito à arte e ao passado.

Os quadros de Manoel neto são bastante regionais e mostram detalhes do dia a dia de cidadãos simples, que moram em cidades pequenas do interior, retrata as festas populares e momentos corriqueiros do dia a dia.

Com um currículo bastante extenso, Manuel concedeu ao Blog Cultura Franca uma entrevista, mostrando e explicando suas inspirações que resultaram em trabalhos lindos e premiados.

Cultura Franca: Qual foi o seu primeiro contato com a arte?

Manuel Neto: Foi ainda criança. Ao ver meu pai indo a feiras artesanais. Ele tinha muitos amigos que pitavam e quando ia com meu pai visitá-los, eu ficava prestando atenção como eles faziam e fiquei bastante curioso e comecei a treinar em casa.

CF: Qual o material que você usa para fazer os seus quadros?

MN: Eu uso material em PDF e coloco um pano e pinto em cima. Esse material pode ser aquela traseira de guarda roupa. Eu compro, mas muitas vezes eu ganho de amigos, parentes.

CF: De onde vêm suas inspirações?

MN: Do cotidiano mesmo. Eu costumo dizer que sou autodidata. Como eu já viajei muito e conheço muitos cantinhos do Nordeste, eu pego uma cena marcante e coloco nos meus trabalhos, por exemplo, o quadro “Os violeiros” eu guardei aquela cena na minha cabeça e quis retratá-la.

CF: Você pode mencionar algum trabalho premiado que você mais se orgulhou?

MN: Foi na I mostra de Arte NAIF em Piracicaba, São Paulo. Pra mim foi muito gratificante, eu coloquei na exposição 35 trabalhos e foram bastante elogiados.



Informações:

Diariamente suas exposições estão na AV. Beira Mar, próximo a praça dos estressados .

Ateliê de Manoel Neto: Rua 104 D, Casa 426 – Conjunto Acaracuzinho – Maracanaú/CE. CEP: 61920-170 – Fone: 34678528/8501-3915 Manoelalvesneto@hotmail.com ; www.manuelnetopintor.blogspot



                                          Quadros de Manuel Neto (Foto de Natalia Santos)

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

“Navalha na Carne” uma mistura de ficção e realidade



“Navalha na Carne” uma mistura de ficção e realidade


       Nos dias 23 e 24 de novembro, no Teatro Sesc Emiliano Queiroz, a partir das 20 horas, o Grupo Imagens apresenta o espetáculo “Navalha na Carne”, texto do dramaturgo Plínio Marcos. A peça se passa no “Cine Pornô“ onde uma prostituta do cinema se debruça aos desejos escabrosos de homens dilacerados pelo pecado.
Bebida, cigarro, cheiro de sexo são elementos que compõem o espaço. E, no decorrer de um striptease, a “garota” Neusa Suely conduz o público até o seu quarto para relatar um pouco da sua vida. Nesse ambiente são expostas as pobrezas humanas de três personagens reais que sobrevivem à margem da sociedade.
Segundo o diretor da peça Edson Cândido, o espetáculo é um recorte da vida real dos grandes centros, com suas desigualdades sociais de pessoas e raças, o preconceito é embutido nas pessoas e nos personagens. “Na peça se levanta vários questionamentos, como se a prostituta é gente”, informou. O diretor também ressalta que jornalistas e estudantes de jornalistas não pagam ingresso.
A montagem do grupo cearense aponta para a natureza provocativa do texto de Plínio Marcos, e busca a denúncia social. “Navalha na Carne” é estrelado pelos atores Lana Gurgel, Sólon Nogueira e Mychel Kayâ. A classificação indicativa é de 18 anos.




Érica Oliveira
Estudante de Jornalismo, 7º semestre
Faculdade Cearense 

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Rossicléa: sucesso na TV e por onde passa

Rossicléa: sucesso na TV e por onde passa

Valéria Vitoriano relembra o começo da carreira, e diz que tem muito em comum com Rossicléa. Confira a história da personagem.
Foto Arquivo Pessoal 

O Ceará  é conhecido por suas lindas praias e povo acolhedor, terra famosa pela alegria de sua gente. Popular berço de mestres do humor como, Chico Anysio, Tom Cavalcante, e Renato Aragão, é aqui que vive uma das líderes da trupe de humoristas tops de Fortaleza, Valéria Vitoriano, mais conhecida como Rossicléa, e é com ela a entrevista de hoje.
Nascida em fortaleza, no dia 29 de julho de 1970, Valéria conta um pouco da sua historia e relembra sua infância feliz de quando morou em frente ao canal do bairro Jardim América. Filha única, estudou na década de oitenta em colégio religioso, ‘brincava muito sozinha e via muita TV’, comenta.

O jeito irreverente da consagrada humorista, com inusitadas perguntas engraçadas durante a interação com o público em seus shows, atrai cada vez mais fãs para a personagem de Valéria Vitoriano, a famosa Rossicléa. Participações em programas de TV, como Show do Tom, Domingão do Faustão, Programa do Ratinho, entre outros, fazem parte de sua trajetória de sucesso. Rio de Janeiro, São Paulo, São Luís, Teresina e Salvador, são algumas das cidades por onde a dama do humor já se apresentou.  Atualmente, Rossicléa se apresenta exclusivamente na Lupus Bier, casa de shows de humor com espetáculos nas noites de terças, sextas e sábados. A casa tem entrada com preço fixo, que dá direito a Buffet de massas, pizzas e comida regional, e fica localizado na Praia de Iracema próximo a Ponte dos Ingleses, ponto turístico de Fortaleza. Seus shows retratam situações engraçadas o que torna cada espetáculo singular, e faz com que seus fãs retornem à casa.
Foto Arquivo Pessoal 

Cultura Franca: Como a Rossicléa surgiu na sua vida, de onde veio sua inspiração?
VALÉRIA VITORIANO: Eu tinha 17 anos. Estava acabando o segundo grau, mas a personagem já havia nascido no comecinho da adolescência, nas festas de família, onde eu preferia ficar na cozinha da casa da minha avó e conversar com as “figuras” que ali trabalhavam, estudando seus trejeitos e registrando histórias maravilhosas do Interior do Ceará. Daí até lapidar e construir todo o universo da própria personagem foi um pulo, inclusive porque usei por muito tempo os programas da rádio AM e as ligações ao Disque Amizade (145) como “laboratório”. Levava as fitas k-7 com as gravações das ligações para o colégio que eu estudava (Imaculada Conceição) e junto de minhas colegas ríamos muito de quanta veracidade passava a Rossicléa para os incautos ouvintes e radialistas.

CF: E suas apresentações profissionais como começaram a surgir? Onde foi sua estreia?
VV: O começo mesmo, “valendo”, foi dia 14 de agosto de 1988. Já se foram mais de 25 anos da primeira apresentação em público. Era um final de tarde de um domingo onde minha prima Karla Karenina (personagem humorista Meirinha) e eu desenvolvemos uma ação junto com outros artistas militantes do Partido Verde, para a candidatura de Mário Mamede. Estreei em um tablado na Praia de Iracema. A partir daí, a dupla Rossicléa & Meirinha (que durou pouco mais de um ano) começou a receber convites para se apresentar em C.A.s, D.C.E.s, restaurantes, etc. Em seguida o Júlio Trindade lançou o Festival Brega do Pirata e tiramos o segundo lugar.
CF: Você usa alguma técnica? Qual o segredo da profissão?
VV: As minhas vivências com os shows foram me mostrando o caminho, me dando uma certa forma de fazer humor. Mas, não chamo de técnica. É uma experiência completamente pessoal, pitadas de insights e desafio diante das situações. Adoro improvisar, e não sou o tipo de pessoa que desiste de algo só porque é mais difícil. Texto para mim é imprescindível, a gente tem que se situar em cena, mas criar é maravilhoso, e o público quando vê o improviso delira!
 CF Como é o seu envolvimento com a personagem? O que tem em comum?
VV: Não desvinculo a ‘pessoa física’ da ‘pessoa jurídica’ nunca.  Às vezes, a Valéria passa por situações e pensa como a Rossicléa eagiria. Temos muito em comum
 CF: Você costuma e gosta de ser reconhecida na rua sem está caracterizada de Rossicléa?
VV: Às vezes, sou reconhecida sim. Outras quando calada, passo batido. Mas não me escondo não; vivo normalmente, sou mãe, empresária, artista, dona-de-casa e faço tudo isso com muita paixão. É sempre muito bom o carinho do público. Fico feliz quando se mostram íntimos, é quando a gente vê o quanto a personagem faz bem.
 CF: Como sua família encara sua profissão hoje? E no inicio como foi para eles? Quem te apoiou?
VV: Tenho dois filhos, sempre souberam que a mãe era artista. Eu saía para trabalhar e dizia: “Vou pegar o dinheiro pro seu leite e volto já.” Adoram e me apoiam. No início meus pais pensavam que era algo passageiro, brincadeira, mas quando viram que a coisa deu certo...
CF: Você trabalha em outra área?
VV: Não, vivo do humor desde o começo. Mas também já vi muita gente que sempre teve algo paralelo (emprego, faculdade) para poder se manter. Eu comecei fazendo humor em um ano em que não consegui passar para faculdade de Comunicação Social. E deu certo. Depois voltei a tentar o vestibular, passei, fiz um semestre, mas já não dava para conciliar com os shows da noite e as muitas viagens, ou seja, se eu não fosse humorista seria jornalista. Mas desde 1988 tenho uma empresa de shows e vivo do humor.
CF: O que há de melhor e pior em ser humorista? Conte-me uma situação engraçada ou uma constrangedora.
VV: O melhor e o pior caminham juntos. Já ouvi gente falando da Rossicléa do meu lado sem saber que ela sou eu... Como também já vi gente falando muito mal de colegas e fiquei muito constrangida. Respeito, carinho e solidariedade se encontram em todo lugar, assim como gente mal educada. Resta saber qual vai ser sua resposta diante dela.
CF: Como é sua rotina diária? Quais são os investimentos para manter uma humorista tão célebre como aRossicléa?
VV: O artista não tem rotina. É um dia aqui, outro viajando, não tem hora nem dia para descansar. Considero-me uma operária do humor! A maioria das vezes viro a noite e durmo pela manhã. Sou somente uma mulher que sobe num palco e faz rir
CF: Defina-se como profissional do humor.
VV: Acho que o profissional do humor é alguém que geralmente é conhecido,  é querido, está superexposto, ou tem “reconhecimento” da sua arte na família, grupo, cidade ou país, ou simplesmente consegue viver bem financeiramente com o que faz. Mas tudo isso naturalmente. Não significa que estão todas essas coisas num pacote só (ou durante o mesmo período). Muita gente sobe num palco porque enxerga o cifrão, o novo “nicho” no mercado e porque se considera ‘o engraçado’ na roda de amigos. Faz para “ser famoso e ganhar dinheiro”. Geralmente se frustra, pois quis fazer de profissão algo que não é vocação. Comigo foi diferente: eu sabia que era isso que queria fazer na minha vida e nunca tive medo que não fosse dar certo, eu simplesmente fiz.
CF: Como você vê a receptividade do público quando a Rossicléa sobe ao palco? Ainda bate o nervosismo?
VV: Claro, sempre! O frio na barriga sempre bate. Mas sinto a Rossicléa muito querida pelo povo e fico muito feliz com isso.
CF: Quais os próximos projetos? Algum sonho especial?
VV: Muitos projetos e, como são projetos, não posso contar ainda! hahahahahaha...
CF: Deixe seu recadinho para os fãs da Rossicléa.
VV: Quero deixar meu beijo grande, meu agradecimento, desejar que sejam muito felizes e um conselho: sempre peçam a Deus para mostrar o caminho. A sua intuição com a ajuda de Deus é o que nos faz andar para frente.
CF: Querida, foi uma honra entrevistar uma artista tão prestigiada por todos. Obrigado por ser esse ícone do humor de imensurável talento. Um grande beijo! Agradeço carinhosamente a sua atenção.
 VV: Eu que agradeço, Márcia. Beijos!
Foto Arquivo Pessoal

SERVIÇO:
 SHOW DE HUMOR COM ROSSICLÉA E CONVIDADES
Dias: Terças, Quintas e Sábados
Horário: A partir das 21 horas
Local: Lupus Bier. Rua dos Tabajaras, 340
Reservas no (85) 3219.2829

 Márcia Delmiro 
Jornalismo FAC